No meu caminho, em todas as portas
e esquinas, encontro você, com seus olhos indecisos até na cor de ser, seu
ombro largo que lhe ocupa quase todo o espaço e, no pescoço, uma plaquinha onde
se lê: “talvez”. Talvez sejamos nós na próxima curva, ou talvez sejamos apenas
eu, na íntegra, e você, somente em corpo, com a alma esquecida em qualquer
lugar, na sua chamada “distância segura”. Talvez você não veja nos meus olhos
marejados o quão óbvio esse sentimento pode ser algumas vezes. Talvez você não
sinta, na ponta dos dedos da minha mão macia, o arrepio que o toque deveria
causar. Talvez você não pense, no seu futuro meticulosamente planejado, que
possa haver espaço para alguém que te bagunce. Talvez, então, você não me
pertença, por pura cegueira, frieza ou insensatez. Talvez o seu amor cheio de
dúvidas seja pouco pra mim. Mas, ainda assim, eu sei que sou sua. E essa é a
única frase que sei formular sobre nós sem a palavra “talvez”.
Ótimo texto. O talvez é péssimo. Não ter certeza ou não ter certeza de algo é horrível!
ResponderExcluirBeijos, Romário.
www.naomeentendamal.com.br
Ownt, lindo o texto :')
ResponderExcluirmy-dreams-perfects.blogspot.com