Nada
Esse texto é a tradução livre da palavra “nada”. Você, eu sei, vai
entender. Eu tenho esse costume incômodo de racionalizar os sentimentos e,
ainda assim, passei meses desconfortáveis sem que soubesse, ou me deixasse
pensar sobre, as causas. Ou sobre você. O que dá no mesmo. No fim, a causa de
tudo é você. Ainda que eu não saiba
explicar.
Eu gosto de você. Muito. Mas não sei se gosto mais da ideia romantizada
de que você seja meu ou da sua companhia de fato. Eu quero um “nós” pro futuro,
mas, agora, não sei dizer não a um “nós” qualquer e despretensioso. Acho que
não condiz com a minha personalidade esse namoro eterno, que cansa, dói e te
completa com incertezas. Eu amo o vazio. O vazio de saber que sou jovem, que
não sou responsável pela felicidade de ninguém, além da minha e,
principalmente, o espaço vazio que gostaria de guardar para ser ocupado com
minhas outras realidades possíveis. Será que isso é excesso de futilidade?
Gostaria de colocar os “e se...”’s pra fora do papel. Gostaria de
enxergar você da mesma forma que encaro as pessoas e coisas que me fizeram bem,
mas que não me cabem mais. Simples, embora não indolor. O amor não devia te
limitar. Devia ser libertador, profundo e insano. Se assim não for, talvez
seja, então, outra coisa, com outro nome e outras conotações. Amor não.
Entende?
Acho que ainda não fui clara. Mas sinto que, finalmente, meus olhos não
estão mais embaçados. Nem mesmo descobri se escrevo agora pra me justificar com
você ou para encontrar justificativas. Talvez você não veja diferença. Mas eu
sinto que só pelo fato de existir a procura por motivos pra dizer adeus, o
adeus já se faz necessário. Ou será que não?
Será que mesmo quem ama verdadeiramente tem dúvidas e se sente preso
algumas vezes? Porque, se for, acho que não gosto desse sentimento. Não gosto
de ter que me perguntar até que ponto isso me levará, nem gosto da ideia das
“pedras que choram sozinhas num mesmo lugar”. Eu não sou uma pedra. Nem perto
disso. Você sabe.
Pensando bem, acho que você já sabia. De tudo aquilo que foi dito e até mesmo o que
ficou implícito na resposta que te dei. “Nada”. Você sabia que não era assim.
Sabia o tempo todo. Mas você não sabe de mim. Não me conhece. E acho que um
relacionamento onde não se conhecem as cláusulas está fadado ao fracasso. Ou
será o contrário?
Acho, também, que eu estava errada e, embora pareça o maior clichê de
todos os tempos, ainda merece ser dito. Sabe aquela boa e velha causa de tudo?
Acho que não é você. Sou eu.
Autora: Alexya Cristal, tem 18 anos e é
estudante de psicologia. Apaixonada por Coldplay, Saramago, vodka de framboesa,
homens cheirosos, textos insanos, cabelo cacheado, óculos do Bruno Mars, música
leve e chocolate. Escreve sobre comportamento, amor, desilusão e ressaca. Essa,
nem Freud explica. Apesar de hoje ser terça, todas a sextas, ela vai falar um
pouco a respeito de suas experiências. Espero que gostem.
Nossa Alexya...
ResponderExcluirSem palavras, seu texto me fez sentir borboletas no estomago. Tudo que estar escrito nele é tão próximo da realidade que vivo.
Parabéns belissimamente seu texto!
Super legal o post' o texto é lindo e super especial *-*
ResponderExcluirDoce futuro
Nossa que texto lindo, ela escreve muito bem ^^
ResponderExcluirBeijos
diariociumento.com
Esse texto relata exatamente o q eu estou sentindo e me fez pensar mais ainda nesses sentimentos.
ResponderExcluirEla escreve muito muito bem.
Beijos!
http://sweetasiangeek.blogspot.com.br/
adorei o texto, de verdade :) To passando por uma situação parecida, sei lá, me identifiquei e gostei da maneira como escreve. O que mais gostei foi a frase: "O amor não devia te limitar". Verdade! Vou postar essa no meu tumblr, tá? (http://fcemcrise.tumblr.com/post/30896504942/o-amor-nao-devia-te-limitar) Vou voltar aqui mais vezes! beijos
ResponderExcluirObg td mundo que comentou e gostou.
ResponderExcluirE é verdade Gabih, escrever e ler, faz a gente se entender e pensar melhor nas decisões que tomamos.
E fernandaaaa! Vou olhar seu tumblr! Só lembra de colocar a fonte, neh. Bjks.
Até a sexta.