Banalidades

Música do Post: Teacho tão bonito – Mallu Magalhães

- E esses moços bonitinhos da TV?

- Não, amor. Moço nenhum é melhor que você.

- Sei. Até parece. Qualquer um sabe do seu amor platônico pelo Johnny Depp. - Eu não posso rir dele, apesar da idiotice, seu ego está realmente ferido.

- O que é isso amor? Eu o admiro como ator. Ele é um ídolo, mas nem sequer o conheço.

- Mas e se conhecesse? Você me trocaria por ele! Fala a verdade! - O ciúme o faz ficar corado e cada vez mais bonito.

- Eu admiro muito mais você. – Tentei convencer.

- Aff – O som de escárnio deixava claro que não acreditava em mim.

- Amor, quem é que suporta minhas loucuras com um sorriso no rosto? Quem está ao meu lado, mesmo no calor? Quem discute comigo, às tantas da madrugada, sobre o trajeto da fumaça depois do cigarro? Quem me apoia, mesmo sabendo que vou quebrar a cara? E quem engole o “eu te avisei” e só me abraça, depois da teimosia?

- Eu... Mas você olha pra ele com um brilho tão grande nos olhos...

- Meu amor, é você quem me faz radiante. Deixe de besteiras. O amor que eu sinto não é passível de medidas, aceite.

Ele sorri, claramente convencido. Tão lindo...

- Tá certo. Eu também amo você.

- Até que enfim. – Rimos juntos e eu o beijo depressa, ainda tinha mais alguma coisa por falar – Além do mais, se o Johnny Depp fizesse uma cena de ciúmes como essa, cairia bastante no meu conceito. Onde já se viu uma criancice dessas? Só amando mesmo pra aguentar...

Twitter: @alexiacristal

Share: