Inventei esse termo na última vez em que saímos juntos. Ele riu.
Aparentemente, isso não existe. Concordo que não há como definir um padrão de
comportamento quando se trata de amor. O amor quer, o que o amor quer. Simples
assim. Eu não queria ter que pensar a respeito, não queria ter que julgar e
deixei que ele me deixasse levar. Eu só queria que a conversa voltasse a ser
leve.
E daí que ele tenha alguém? E daí que ele tenha que mentir pra ela, se
valendo da distância, todos os dias? E daí qualquer coisa, eu gostava da
companhia dele e ele estava sempre ali. Pelo menos, para mim, ele não mentia.
Eu sou crescidinha agora. Não vou dar uma de adolescente enciumada. Ela é quem
é enganada. Não é?
Não. Não é. Eu definitivamente não estava preparada pra vê-lo com ela. No
fim das contas, não se trata de ser adolescente ou não. Trata-se daquela “ética
emocional” inventada que ele jurou não existir. Em outra ocasião, ele me olhava
indisfarçadamente e nem foi tão difícil fingir que não o conhecia.
Eu não conhecia. E não existirão anos no mundo suficientes pra me fazerem
entender o tipo de relacionamento que ele me propõe e que eu, tentando parecer
ridiculamente adulta, quase aceitei. A minha ética não permite. Eu não fui
criada com regras de etiqueta sobre “como
se comportar diante da namorada oficial daquele que devia ser o seu cara”.
Não há privilégio algum em saber a verdade, enquanto ela recebe a
mentira. Pelo contrário, isso significa que, ao menos com ela, ele se importa o
suficiente pra querer protegê-la. Significa que ela não teve opção como pessoa
enganada da história e que eu, como idiota que sou, estava consciente das
condições e, ainda assim, me envolvi. Significa que, para ele, o sofrimento
dela vale mais que a minha dignidade.
Aprendi uma lição realmente importante dessa vez: usamos o amor que
sentimos pelos outros como desculpa pra esconder a falta de amor próprio. Talvez
essa ética emocional seja motivo de piada, porque algumas pessoas não conhecem
o significado da palavra “ética”. Não me orgulho de ter sentido vontade de
engarrafar aquele sorriso e levar comigo pra onde quer que eu fosse, mas o
lance é que voltei a mim e não há a menor possibilidade de doar minha alma em
troca de alguns sorrisos falsos.
A triste verdade é que ele não vale metade da angustia que dá.
Ameii esse texto , vou lembrá-lo dele pra sempre !
ResponderExcluirTô te esperando lá no GAROTA APIMENTADA . . .
Beijinhos, Amanda
http://blog-garotaapimentada.blogspot.com.br/
Olá adorei seu blog, estou seguindo.
ResponderExcluirE vim te convidar para seguir o meu, se gostar, é claro.
http://verdepistache.blogspot.com.br/
Um beijo ;**
O penultimo paragrafo diz tudo,super me identifiquei com o texto :)
ResponderExcluirkiss kiss
www.vemserdiva.blogspot.com.br